segunda-feira, 22 de outubro de 2007

Cigana Najara



Cigana Najara


Vinha um homem montando em seu cavalo, no seu passeio costumeiro, naquela planície verde e linda, quando, num certo local, seus olhos viram uma mulher de cabelos longos, negros da cor do azeviche, olhos pretos e grandes, lábios muito rosados, mais de um rosado natural, e pele muito clara fazendo contraste com a cor dos cabelos. Ela sorriu; ele aproximou-se e perguntou:
Qual é o seu nome?
Ela respondeu:
Sou Najara.
Desde este momento, o cavalheiro interessou-se pela moça. E, desde então, lá estava ele, todos os dias, naquele mesmo horário, ao nascer do Sol.
Depois de muitos dias, começou um romance entre cavalheiro e a moça. Passando o tempo, ele disse para ela:
Querida, tenho de fazer uma viagem. Não sei se volto ou não.
Najara pegou sua mão e disse:
Nunca mais você vai me ver. O nosso amor foi muito bonito mais irei perdê-lo.
Tirou uma moeda do seu colar e disse:
Leve isto, pois esta moeda é eterna, mas eu não sou.
O cavalheiro afastou-se. Najara olhou para o Sol e disse:
Lua de fogo, és a quentura que aquece a Terra.
Obrigada por aquecer minha alma.
O tempo passou. O cavalheiro voltou e começou a procurar aquela moça tão linda.
Quando avistou um lenhador, perguntou-lhe:
Conhece uma moça clara, de cabelos negros e olhos pretos, cujo o nome é Najara?
O lenhado assustou-se com a pergunta. O cavalheiro insistiu e o lenhador disse:
O senhor esta falando de Najara, a cigana, que lia o passado, o presente e o futuro. Senhor, essa cigana já é morta há muitos anos.
O cavalheiro disse:
Você está louco! Ela me deu uma moeda! __E contou-lhe todo o romance com a linda moça. Ao terminar, o lenhador disse:
Senhor, guarde esta moeda, pois isso é a proteção da cigana mais linda que eu já conheci neste lugar. Ela, em vida, era a protetora dos injustiçados e conselheira no amor.
O cavalheiro disse ao lenhador:
Quando eu a encontrei, estava com muitos problemas, principalmente no amor, pois tinha sofrido uma desilusão.
O lenhador disse:
Guarde, então, esta moeda com muito carinho, pois Najara irá ajudá-lo.
Quando chegou a casa, o cavalheiro recebeu a notícia e que uma de suas tias iria visitá-lo. Passados alguns dias, a tia chegou; vinha com a filha. Quando o cavalheiro chegou perto da prima para cumprimentá-la, levou um susto __ era aquela moça que ele encontrara em seus passeios matinais, o mesmo cabelo, os mesmo olhos, lábios e cor clara. Mas, na verdade, era sua prima, que viera para apagar o sofrimento que ele tivera com a noiva. Najara ajudou o cavalheiro a esquecer a traição. Dali começou seu romance, e vieram a casar-se. Quando nasceu sua primeira filha, tinha o rosto de Najara. Então, ele disse:
Esta aí minha Najara


Essa história foi psicografada pelo cigano Romão, que, em vida, foi o marido da cigana Najara.
Extraído do Livro;3º Esição “Mistério do povo Cigano”
Autora; Ana da Cigana Natasha & Edileuza da Cigana Nazira
Editora; PALLAS

Um comentário:

Anônimo disse...

ola meu nome é najara eu me interesso mito por coisas do povo cigano e principalmente sobre a cigana najara
mande me noticias sobre o cigano romão quero saber mais sobre ele